Nuno Furet apresentou exposição ‘Um ano nos arrozais do Baixo Mondego’ – Uma deambulação fotográfica’
Até ao final de junho vai ser possível visitar, na Biblioteca Municipal Alves Mateus, a exposição de Nuno Furet ‘Um ano nos arrozais do Baixo Mondego’ – Uma deambulação fotográfica’. O autor esteve em Santa Comba Dão no dia 15 de maio para apresentar esta mostra e o livro homónimo que esteve na sua origem.
Apesar de ser natural de Viseu, Nuno Furet reside, desde muito novo, na Figueira da Foz, uma cidade rodeada por extensos campos de arrozais. Esta vivência intensa da paisagem foi uma das impressões deixadas ao longo da partilha com um interessado grupo de convidados, que incluiu alunos e professores da Universidade Sénior, idosos acompanhados pelo CLDS Viver + Santa Comba Dão e elementos da comunidade.
A exercer atualmente a profissão Agente de Animação Turística, Nuno Furet dedica-se a organizar passeios e eventos culturais e a mostrar, “em viatura de todo-o-terreno, o património histórico que se aninha nos arrozais e salinas do Baixo Mondego”. Sem poder trabalhar durante a altura do confinamento, o autor decidiu lançar mãos à obra e dedicar-se a um projeto antigo de fotografar estes arrozais.
Junto dos convidados, o autor deu a conhecer esta jornada fotográfica, revelando as histórias por detrás de cada uma das vinte imagens que incluem a mostra. Trocou ainda impressões e conhecimentos sobre as tarefas associadas ao cultivo do arroz e o paralelismo existente com outro tipo de cereais.
O conjunto fotográfico, patente na BMAM, dá a conhecer o ciclo do tempo e de vida nestes magníficos campos do Baixo Mondego, nomeadamente, junto aos rios Mondego, Foja e Pranto, não se cingindo, apenas, ao ciclo do arroz, mas, também, à fauna que se acolhe a estas paisagens e ao património histórico que, desde há séculos, nelas se aninha.
Tal como destacou a coordenadora do equipamento, Elizabete Almeida “naquela que é uma característica e opção estética do autor, todas as fotografias foram tiradas sem recorrer a qualquer artifício técnico, como filtros de lente ou outras manipulações, na altura ou a posteriori. A intenção foi mostrar o cenário como ele é, sem o retocar para além da atmosfera e luz solar do momento”. Para Nuno Furet, a fotografia surge, assim, como um veículo de eleição para a transmissão de mensagens.