Exposição Itinerante do Festival Internacional de Imagem da Natureza: A importância das artes visuais na promoção da biodiversidade
Joaquim Bateriano e Sílvia Morais, técnicos do Centro de Ciência de Vila Real, estiveram a 24 de outubro, na Biblioteca Municipal Alves Mateus para falar sobre a exposição itinerante do Festival Internacional de Imagem da Natureza (FINN), que está patente até ao final do mês neste equipamento municipal.
Foi partilhada, essencialmente, uma mensagem ecológica sobre a importância da biodiversidade e proteção dos habitats e promovida a consciencialização ambiental. Num primeiro momento, foi propiciado o encontro destes técnicos com alunos e professores da Universidade Sénior e também com elementos da comunidade. A este grupo, sucederam-se estudantes dos 11.º e 12.º anos do Curso Técnico-Profissional de Turismo em Ambiente Rural.
Sempre com a tónica na partilha, os técnicos deram a conhecer as origens, objetivos e facetas do FINN, respondendo a várias questões levantadas pelos dois grupos envolvidos. Ficou, também, o convite à participação neste evento, que começou em 2017, mas que tem raízes em anos anteriores.
Em 2015, o Centro de Ciência de Vila Real lançou um projeto com o objetivo de divulgar, junto das comunidades , a fauna e flora existentes nos territórios. À época, foi verificado o profundo desconhecimento, especialmente dos mais jovens, de algumas espécies vegetais e animais existentes no país, como a corça, o saca rabos e gineta. Com esse propósito, foi convidado um grupo de fotógrafos que captou imagens da biodiversidade local e dos diferentes habitats, dando-as a conhecer ao grande público num evento que se revelou um grande sucesso.
Em 2017, sempre com o foco na preservação da biodiversidade e consciencialização ambiental, o Festival assumiu a vertente internacional, levando a mensagem de proteção da natureza mais além. Tal como referido por Joaquim Baleriano “não temos só problemas ambientais em Portugal, temos problemas em todo o mundo”.
O técnico fez notar que ao apostar na arte da imagem – através da fotografia, desenho e cinema – a organização do FINN pretende fazer chegar, de uma forma mais impactante à sociedade, a mensagem ecológica e de preservação ambiental inerente a este certame.
No âmbito deste Festival, Joaquim Baleriano destacou um encontro com fotógrafos internacionais dedicados à temática do ambiente e da proteção das espécies, muitos deles mundialmente (re)conhecidos, com trabalhos na National Geographic e na BBC. Deu o exemplo do espanhol Daniel Beltrá que esteve, recentemente, no FIIN, para uma interessante partilha de histórias sobre a jornada que teve na Amazónia, no âmbito de um trabalho sobre a desflorestação daquela que é a maior floresta do mundo.
O FINN é também conhecido pelos concursos de imagem. O de fotografia aborda cinco grandes temas: aves, mamíferos, fauna e flora, paisagens e habitats. Há também o concurso de desenho, dividido em desenho científico e da natureza, bem como o concurso de curtas metragens, centrado na arte do cinema.
No âmbito do FINN é também promovido o concurso juvenil de imagem da natureza, desta feita destinado apenas a concorrentes portugueses com idades compreendidas entre os 8 e os 18 anos. Sobre esta categoria, Joaquim Baleriano sustentou que é determinante “chamar os jovens para a natureza”.
Em Santa Comba Dão podem ser vistas imagens selecionadas da edição 2022 do FINN, numa mostra que contempla fotografias, desenhos científicos e de natureza, passando ainda pelas curtas-metragens. A visitar, das 09h30 às 17H00.