Dia Internacional da Língua Materna
“Há uma necessidade de valorizarmos a língua materna, como forma de luta contra o analfabetismo e como contributo determinante para uma sociedade inclusiva e obviamente mais livre e segura”. Irina Bokova – UNESCO
As línguas, pelas suas implicações complexas em termos de identidade, de comunicação, de integração social, de educação e desenvolvimento têm uma importante estratégia para os povos e para o planeta. Devido aos problemas de globalização, as diversas línguas sentem-se cada vez mais ameaçadas. Quando as línguas se extinguem, a diversidade é reduzida, pois com elas também se perdem perspetivas, tradições, memórias coletivas e modos únicos de pensamento e de expressão. Enfim, recursos preciosos para garantir um futuro melhor.
Foi neste sentido que, a Câmara Municipal de Santa Comba Dão através da Biblioteca Municipal Alves Mateus e em colaboração com a Universidade Sénior de Santa Comba Dão, quis enaltecer a diversidade cultural e prestar homenagem a todos aqueles que fizeram do nosso país o seu país.
O ponto de partida esteve a cargo da Universidade Sénior de Santa Comba Dão que, através de um poema de Luísa Ducla Soares, nos mostrou que “é bom ser branco como o açúcar, amarelo como o sol, preto como as estradas, vermelho como as fogueiras e castanho da cor do chocolate; A Tuna de Santo Estêvão também se juntou à festa e animou toda a plateia com alguns temas do seu reportório musical.
Sob a moderação do Presidente da Câmara Municipal de Santa Comba Dão, João Lourenço, foram-se ouvindo expressões nas várias línguas representadas: o ucraniano, o brasileiro, o romeno e o inglês. Foram momentos de verdadeira partilha, onde a saudade assumia o lugar de destaque.
A organização também quis realçar as diversas formas de entretenimento. São Tomé e Príncipe e Cabo Verde (representados por alunos da Profiacademus) abrilhantaram a noite com as suas danças típicas. A gastronomia não foi esquecida e, pelas “mãos” de Tiziana Calcagno (Venezuela) todos ficamos a conhecer a receita das Arepas. A China também foi um momento alto da noite. Apesar de ser uma língua difícil de compreender, a simpatia da Lee contagiou todos os presentes.
O desfile não poderia terminar da melhor forma: avô e neto interpretaram um tema angolano, que fez entoar até as vozes mais envergonhadas.
Agradecimentos feitos e como a hora já era tardia, nada melhor do que degustar algumas iguarias típicas dos países representados.
Agradecemos a todos os que participaram neste evento e ao Ginásio FG um muito obrigado.