Universo de Mia Couto
A Biblioteca Municipal Alves Mateus tem o prazer de convidar todos os cidadãos, a visitar e participar na exposição, do escritor Mia Couto que resume toda a sua obra (Universo do Mia Couto). A exposição pretende divulgar o trabalho de um dos maiores escritores contemporâneos da lusofonia e decorre durante o mês de novembro.
Mia Couto nasceu na Cidade da Beira (Moçambique) em 1955, filho de uma família de emigrantes portugueses. Publicou os primeiros poemas no “Notícias da Beira”, com 14 anos. Em 1972, deixou a Beira e partiu para Lourenço Marques para estudar Medicina. A partir de 1974, começou a fazer jornalismo, tal como o pai. Com a independência de Moçambique, tornou-se director da Agência de Informação de Moçambique (AIM). Dirigiu também a revista semanal “Tempo” e o jornal “Notícias de Maputo”.
Em 1985 formou-se em Biologia pela Universidade Eduardo Mondlane. Foi também durante os anos 80 que publicou os primeiros livros de contos. Estreou-se com um livro de poemas, “Raiz de Orvalho” (1983), só publicado em Portugal em 1999. Depois, dois livros de contos: “Vozes anoitecidas” (1986) e “Cada Homem é uma Raça” (1990).Em 1992 publicou o seu primeiro romance, “Terra Sonâmbula”. A partir de então, apesar de conciliar as profissões de biólogo e professor, nunca mais deixou a escrita e tornou-se um dos nomes moçambicanos mais traduzidos: espanhol, francês, italiano, alemão, sueco, norueguês e holandês são algumas línguas. Outros livros do autor: “Estórias Abensonhadas” (1994); “A Varanda do Frangipani” (1996); “Vinte e Zinco” (1999); “Contos do Nascer da Terra” (1997); “Mar me quer” (2000); “Na Berma de Nenhuma Estrada e outros contos” (2001); “O Gato e o Escuro” (2001); “O Último Voo do Flamingo” (2000); “Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra” (2002). “O Fio das Missangas” (2004) é o seu último livro de contos.
Mia Couto é um excelente contador de histórias. É o único escritor africano que é membro da Academia Brasileira de Letras, como sócio correspondente, eleito em 1998, sendo o sexto ocupante da cadeira nº 5, que tem por patrono Dom Francisco de Sousa.
Atualmente é o autor moçambicano mais traduzido e divulgado no exterior e um dos autores estrangeiros mais vendidos em Portugal. As suas obras são traduzidas e publicadas em 24 países. Várias das suas obras têm sido adaptadas ao teatro e cinema. Tem recebido vários prémios nacionais e internacionais, por vários dos seus livros e pelo conjunto da sua obra literária.
É, comparado a Gabriel Garcia Márquez e Guimarães Rosa. Seu romance Terra sonâmbula foi considerado um dos dez melhores livros africanos do século XX.
Prémios recebidos por Mia Couto :
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Prémio Anual de Jornalismo Areosa Pena (Moçambique) com o livro Cronicando, em 1989;
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Prémio Vergílio Ferreira, da Universidade de Évora, em 1990;
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Prémio Nacional de Ficção da Associação de Escritores Moçambicanos (AEMO), com o livro Terra Sonâmbula – Considerado por um júri especialmente criado para o efeito pela Feira Internacional do Zimbabwe, um dos melhores livros africanos do Século XX, em 1995;
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Prémio Mário António (Ficção) da Fundação Calouste Gulbenkian, com o livro O Último Voo do Flamingo, em 2001;
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Prémio União Latina de Literaturas Românicas, em 2007;
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Prémio Passo Fundo Zaffari e Bourbon de Literatura, com o livro O Outro Pé da Sereia, em 2007;
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Prémio Eduardo Lourenço, em 2011;
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Prémio Camões, em 2013;
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Prémio Internacional Literatura Neustadt, da Universidade de Oklahomade, em 2014.
Conheça melhor o Universo de Mia Couto em :
Pagina oficial de Mia Couto : http://www.miacouto.org/
Facebook : https://www.facebook.com/miacoutooficial/?ref=page_internal