Inaugurada exposição itinerante “Branquinho da Fonseca – Uma Vida a Fazer Ler”

No dia 8 de fevereiro, foi inaugurada, na Biblioteca Municipal Alves Mateus (BMAM), a exposição itinerante “Branquinho da Fonseca – Uma Vida a Fazer Ler”, cedida pelo Município de Mortágua à nossa autarquia.

Com o envolvimento de professores e alunos da Universidade Sénior de Santa Comba Dão, a iniciativa traduziu-se numa animada tertúlia com a bibliotecária Teresa Branquinho a propósito desta mostra, que propõe uma “viagem pela vida e obra deste ilustre escritor e dramaturgo”, natural de Laceiras, Mortágua. Um pioneiro das bibliotecas móveis, que criou e dirigiu, a partir de 1958, o Serviço de Bibliotecas Itinerantes e Fixas da Fundação Calouste Gulbenkian. Um projeto a que se dedicou, até ao final da vida, contribuindo para a construção da primeira estrutura de promoção de leitura pública, a nível nacional.

O pioneirismo e dedicação ao projeto das bibliotecas itinerantes foi uma das muitas facetas de Branquinho da Fonseca que Rui Jorge Pereira, professor da US, fez notar na abertura desta iniciativa. Antigo professor de português, dedicado agora à docência na US, Rui Jorge Pereira propiciou aos presentes uma ‘aula’ sobre o autor, falando de todo um percurso marcado pelos ideais republicanos, transpostos quer na vida, quer numa obra, que viajou entre poema lírico e o conto, passando pelo romance, a novela, o texto dramático e o poema em prosa. Nesta lição de português, duas alunas – Dina Mateus e Deusa Glória – partilharam a leitura de poemas, tendo ainda sido colocadas várias questões à bibliotecária Teresa Branquinho.

A técnica deu a conhecer esta exposição “promovida pela Câmara Municipal de Mortágua, com coordenação de Maria Mota Almeida (Licenciada em História e Investigadora da Faculdade de Ciências sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa) e Luís Branquinho da Fonseca Soares de Oliveira (um dos netos do escritor), Diretor de Fotografia de Cinema, Televisão e Publicidade, Guionista e pesquisador de documentários”. Uma exposição que “só podia ser itinerante”, para percorrer o “país de norte a sul, do litoral ao interior, galgando montes e vales, à semelhança das bibliotecas itinerantes que levaram os livros a milhares de portugueses por esse país fora, dando expressão ao ex-libris de Branquinho da Fonseca: Ensinai toda a gente”.

Uma mostra através da qual são dadas a conhecer “a vida e as várias facetas deste cidadão mortaguense – escritor, tradutor, Conservador, homem das Artes e Bibliotecário, nascido na aldeia das Laceiras a 4 de maio de 1905, e filho de outro vulto da nossa literatura, Tomás da Fonseca”. Um homem “que tanto fez por Portugal e que teve a coragem de pugnar, em tempos de ditadura, por uma educação que chegasse a todos, através do poder da leitura na formação do indivíduo enquanto cidadão”.

À BMAM, Teresa Branquinho ofereceu – além da divulgação da obra deste ícone mortaguense – um exemplar da publicação “Beiras – Imagens do ambiente natural e humano na literatura de ficção”, que contém um artigo sobre as “Paisagens e gentes da Serra do Caramulo nas escritas de Tomás e Branquinho da Fonseca”.

A Visitar

Patente desde o dia  1 de fevereiro, a exposição itinerante “Branquinho da Fonseca – Uma Vida a Fazer Ler pode ser visitada até 28 de março, na Biblioteca Municipal Alves Mateus, de segunda a sexta-feira, das 09H30 às 17H00.

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