Toni Morrison – que nasceu em 1931 e faleceu em 2019 – entre outros, foi galardoada com o Nobel de Literatura de 1993 – tornando-se a primeira mulher negra a recebê-lo – e o Pulitzer Ficção. Foi, ainda, agraciada por Barack Obama com a Medalha Presidencial da Liberdade, a maior condecoração civil nos Estados Unidos da América.
A sua obra literária aborda a problemática da população negra nos E.U.A., em particular a situação das mulheres, e é marcada pelos romances fortes e pungentes que relatam as experiências de mulheres negras naquele país, nos séculos XIX e XX.
Conseguiu superar as suas origens humildes e conciliou, ao longo de toda a vida, a carreira como professora universitária, com a atividade de escritora e editora de relevo.
Toni Morrison – nome literário de Chloe Ardelia Wofford – nasceu em Lorain, Ohio, Estados Unidos da América, no dia 18 de fevereiro de 1931. Era a segunda de quatro filhos e cresceu numa família pobre que passou por muitas dificuldades.
Em 1949, ingressou na Universidade de Howard, formando-se em 1953. Em seguida, ingressou na Universidade de Cornell, em Nova Iorque, onde completou o mestrado em Língua Inglesa, em 1955.
Depois de formada, lecionou na Universidade do Sul do Texas, Houston, durante dois anos. Entre 1957 e 1964, lecionou na Universidade Howard.
Em 1964, depois de se divorciar, passou a residir na cidade de Syracuse, no Estado de Nova Iorque, com os seus dois filhos, e tornou-se editora da Random House, uma das principais editoras de livros em língua inglesa do mundo, na qual contribuiu para a publicação de pensadores e autores afro-americanos.
Publicou o seu primeiro romance em 1970, com o título The Bluest Eye. A obra conta a história de Pecola Breedlove, uma rapariga negra que sonha um dia vir a ter olhos azuis, para se tornar idêntica aos brancos e escapar ao estigma da segregação racial. Seguiram-se muitas outras obras, destacando-se A dádiva, A nossa casa é onde está o coração, Beloved (prémio Pulitzer- Ficção), Deus ajude acriança e Love, publicadas em Portugal.
Faleceu em Nova Iorque a 5 de agosto de 2019.